A liderança humanizada é um estilo de liderança que se concentra nas pessoas em vez de apenas nos resultados. Ela busca criar um ambiente de trabalho que promova o bem-estar e o desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores, além de estimular a empatia e a comunicação aberta entre líderes e liderados.
Participei de uma Imersão para Líderes onde uma das propostas de exercícios era responder 3 reflexões: a líder que eu era, a líder que eu sou, a líder que eu quero ser. Considero super importante analisarmos as evoluções da nossa jornada como líderes a fim de estarmos mais conectados com as mudanças de contextos e necessidades que os ambientes de trabalho e times requerem dia após dia.
A construção de uma boa liderança vem da nossa capacidade de responder para si próprio: em quais pontos eu evolui e em quais pontos preciso aperfeiçoar para ser um/uma líder reconhecido pela habilidade de promover um ótimo ambiente para se trabalhar?
Diante desse exercício de reflexão, a liderança humanizada, que consiste em uma liderança que coloca as pessoas no centro das decisões e que é pautada na empatia, compreensão e interesse genuíno de criar conexões autênticas, foi colocada como objetivo, não só por mim, mas pela maioria dos líderes a minha volta. E ao firmar esse compromisso, estávamos cientes de que era preciso aperfeiçoar e desenvolver as habilidades que fazem líderes serem mais humanos e empáticos.
Seguir nesse caminho enquanto modelo de liderança tem a ver com a compreensão dos principais desafios que se apresentam nas empresas e que pedem a nossa atenção. Como:
- Criar um ambiente de trabalho com mais segurança psicológica reduzindo ansiedades e doenças de trabalho como Burnout;
- Desenvolver resiliência e inteligência emocional para lidar com incertezas e crises;
- Promover o bem-estar e qualidade de vida do time e reduzir o índice de infelicidade no trabalho;
- Assegurar a diversidade e inclusão;
- Eliminar traços que promovem uma cultura tóxica.
Diante desses desafios, não acredito que o estilo de liderança pautado apenas em rigidez, comando e controle, microgerenciamento e foco em resultado a todo custo seja adequado. É urgente desenvolvermos empatia, criar conexões, abrir espaços para falarmos de sentimentos em nossas empresas.
É importante também tomarmos consciência que nossas tomadas de decisões como líderes têm grande impacto na vida das pessoas, na cultura e no ambiente de trabalho. Ao fazermos isso, estamos dando um passo importante em direção a uma liderança humanizada que cria ambientes de trabalhos onde as pessoas se sintam bem e pertencentes.
Nesse compromisso de desenvolver uma liderança humanizada, venho buscando formas de ampliar minha visão sobre as principais atitudes e habilidades de um líder empático. E encontro caminhos interessantes em estudos e conceitos apresentados por autores como Simon Sinek, Brene Brown, Daniel Goleman e Kim Scott. Quero compartilhar alguns com você.
Em seu livro Empatia Assertiva, a autora Kim Scott, traz esse conceito para mostrar como podemos ser líderes de sucesso e com resultados sem perder o lado humano. A autora fala sobre a importância de líderes importarem-se com as pessoas assim como se importa com resultados e metas a serem batidos.
E a primeira ideia defendida nessa abordagem de liderança é sobre a importância de desenvolver relacionamentos assertivamente empáticos, pois nossa evolução verdadeira em liderança depende do bom relacionamento com nosso time e não do nosso poder ou cargo. Estar comprometido com isso gera empatia e confiança e nos aproxima da liderança mais humana.
Essa ideia é também defendida pelo autor Daniel Goleman que em seus livros sobre Inteligência emocional defende que liderança é a arte do relacionamento que formam boas conexões no trabalho. O autor traz a ideia de que se pretendemos ser líderes mais humanos e que buscam entender o que as pessoas do nosso time querem, precisamos ser líderes excelentes no diálogo, pois ele considera essa a habilidade emocional mais importante.
Nesse processo de desenvolver a conexão genuína com o time entendi sobre a importância da vulnerabilidade, conceito muito bem explicado pela autora Brene Brown. Em seu livro, A Coragem para Liderar, ela apresenta a importância de deixarmos nossas armaduras de lado e mostrar nossas vulnerabilidades. Pois a tarefa de líderes humanos de criar conexões envolve conversas difíceis sobre medos e sentimentos.
Esses e outros conceitos vem me ajudando a encontrar respostas para me ajudar no meu compromisso em ser uma líder mais empática e encarar melhor os desafios que citei acima. E acredito que o maior benefício que uma liderança humanizada pode trazer às nossas empresas é a criação de um ambiente saudável que faz as pessoas se sentirem orgulhosas do que fazem sem comprometer seu bem-estar. Ser uma líder reconhecida por isso, é uma grande evolução.
E para finalizar, como iniciei trazendo 3 reflexões das quais eu passei, gostaria de compartilhar outras que podem ajudar a refletir sobre como podemos ser líderes mais humanos. São elas:
- Quais questões importantes para seu time você está engajado de forma empática?
- Como você se aproxima e se conecta com o seu time para gerar empatia e confiança?
- Como você mostra que se importa com seu time?
- A sua liderança encoraja a vulnerabilidade ou reforça o uso de armaduras?
Espero que a Liderança Humanizada seja um objetivo para você também.
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